MATER DEI

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sábado, outubro 08, 2005

Não neste mundo (terceira aparição e seguintes)


Segunda-feira dia 15, foi um dia terrível para Bernadete, porque, além de sofrer críticas, suas colegas caçoaram dela. Os adultos faziam o mesmo. Mas Madame de Millet ouviu falar da aparição e achou que podia ser sua amiga Elisa Latapié, que tinha morrido no ano passado. Conquistou Luisa, mãe de Bernadete, e convenceu-a deixa-la voltar à gruta com ela. Às 5 horas da manhã do dia 18 de fevereiro de 1858, Madame de Millet, Antonieta Peyret, e Bernadete foram para lá. Antonieta levou consigo caneta, tinteiro e papel, para a visão escrever o seu nome. Mal começaram o terço, a vidente murmurou: "Ela aí está!" Terminado o terço, Bernadete leva caneta e papel em direção à aparição e lhe pede:
"Quer ter a bondade de escrever o seu nome?"
A aparição aproximou-se dela e mais tarde ela contou que, sorrindo, a Aparição lhe disse que "não era preciso escrever" e pediu-lhe que voltasse ali:
"Quer ter a amabilidade de vir aqui durante 15 dias?"
Foi a primeira vez que ouviu a maravilhosa voz da Dama, e consentiu imediatamente. Viu também que não era Elisa Latapié.
Foi nesta mesma ocasião que a visão lhe falou:
"Não prometo tornar-te feliz neste mundo, mas no outro".
No caminho de volta, Madame de Millet interrogou : "E se fosse a Santíssima Virgem Maria"? Fez-se silêncio, ninguém ousou falar nada.
Luisa começa a ficar curiosa e resolve ir à gruta com a filha,e apesar de todo o sigilo, dia 19, eram 8 pessoas;dia 20, eram 30 e no domingo, dia 21 de fevereiro, eram cerca de 100 pessoas.
A aparição sorrindo, acompanhava-a durante o terço, passando com os dedos, as contas de seu rosário, desaparecendo assim que ele terminava.
Depois da aparição do domingo, o comissário Jacomet, levou-a para um minucioso interrogatório no qual constatou a simplicidade e sinceridade da menina.
Bernadete contou ao comissário: "A Dama usava um vestido branco, apertado na cintura por uma fita azul, um véu branco na cabeça que descia até a altura do busto. 0 vestido era longo e cobria os pés, deixando aparecer só as extremidades, com uma rosa amarela em cada pé, da mesma cor da corrente do terço que trazia na mão direita. Olhava com suavidade e tinha os olhos completamente azuis".
Terça-feira, 23 de fevereiro, às 5 horas da manhã, havia na gruta cerca de 150 pessoas e, pela primeira vez,no meio dos pobres, homens e senhoras da sociedade. Neste dia surgiram as primeiras notícias sobre curas de doentes e pessoas que se converteram.
Na quarta-feira, dia 24, o número de pessoas (cerca de 300) já ofereceu certa dificuldade para ela chegar ao seu local na entrada da gruta.
Terminada a reza do terço, Bernadete avançou dois passos, arrastando-se de joelhos e prostrando-se com a face na terra, beija-a, atendendo ao pedido da aparição num gesto de penitência. 0 povo não entendeu. Mas depois ela explicou que a aparição tinha falado uma palavra nova:
"Penitência, Penitência, Penitência! Rezem a Deus pela conversão dos pecadores. Vai beijar a terra em penitência pelos pecadores".